Tainá Felix

Durante boa parte da minha formação como atriz, sempre busquei compreender como aquilo que eu fazia poderia transformar um pouco a vida das pessoas. Assim, comecei a ministrar aulas de teatro; primeiro como voluntária e depois do término da formação na área, como meu primeiro emprego. Anos depois fui apresentada ao universo dos jogos digitais, também como um lugar potente para a construção de conhecimento, assim como era o teatro.
Passei a criar projetos de socioeducativos entre arte e videogame. Como diretora da ONG Jogos pela Educação passei a construir projetos direcionados às periferias de São Paulo. Com o nascimento da Game e Arte, meus estudos e pesquisas passaram da gestão e produção cultural ao roteiro para games. Junto com meu parceiro e sócio, Jaderson Souza, desenvolvi dois jogos que buscam valorizar a cultura, a literatura brasileira e a negritude. Passei a ministrar aulas de desenvolvimento de games nas periferias da cidade para crianças e adolescentes, e a compreender o quão poderoso poderia ser o processo de protagonismo de pessoas pretas e periféricas dentro da indústria de games.
Nos últimos anos venho construindo pontes entre pessoas que acreditam na diversidade dentro do setor de videogames, e na força dos criadores e criadoras independentes de jogos digitais.